Libertada na segunda-feira depois de ter sido absolvida da pena de morte por renunciar à fé muçulmana, a sudanesa Meriam Ibrahim continua a retida pelas autoridades do país.
Segundo as últimas informações Meriam estaria detida no aeroporto de Cartum, impedida de viajar para os Estados Unidos, com o marido e os dois filhos, alegadamente por falta de documentos para sair do país.
O advogado da sudanesa afirma, “vamos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para livrar a nossa cliente desta situação difícil, sobretudo depois de tudo o que sofreu até agora. Ela passou mais de sete meses na prisão e recuperou a liberdade há menos de 24 horas”, afirma Thabit Suliman.
Na segunda-feira, o tribunal de segunda instância de Cartum tinha anulado a condenação à morte da mãe de dois filhos, ao aceitar os argumentos da defesa de que Meriam, educada por uma mãe cristã, nunca tinha renunciado à fé muçulmana. Uma decisão que anulou também as acusações de adultério, em virtude de se ter casado com um homem igualmente cristão.
O processo tinha mobilizado a opinião pública internacional e várias organizações de defesa dos direitos do Homem que denunciam a forma como a “sharia”, a lei islâmica, em vigor no Sudão, viola os direitos fundamentais.
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