José Eduardo dos Santos saúda decisão dos EUA e de Cuba em normalizar relações diplomáticas

O Chefe de Estado Angolano, José Eduardo dos Santos, saudou esta quinta-feira, em Luanda, a "importante" decisão tomada pela Administração dos Estados Unidos da América e pelo Governo de Cuba, com vista a normalização das suas relações diplomáticas.

"Fazemos votos para que seja levantado, o mais depressa possível, o embargo económico contra Cuba", frisou o  Presidente José Eduardo dos Santos, quando discursava na cerimónia de Cumprimentos de Ano Novo, apresentados por representantes do Corpo Diplomático e de organismos internacionais acreditados em Angola, no Palácio Presidencial, em Luanda.

Ainda no quadro da política internacional, o mais alto mandatário da Nação referiu que se espera que em 2015 a União Europeia, os Estados Unidos da América e a Federação Russa iniciem um diálogo construtivo sobre a paz e a segurança no mundo e que superem as suas divergências em relação à situação na Ucrânia, para que possam criar e consolidar um maior sentimento de confiança no sistema de segurança internacional.

"No Médio Oriente, o conflito entre Israel e a Palestina, na nossa opinião, exige a adopção do princípio da cedência mútua razoável no processo negocial para se chegar a um acordo final que contemple a existência de dois estados soberanos com segurança garantida", precisou.

Neste sentido, prosseguiu o Chefe de Estado angolano, os países mais influentes deverão jogar um papel de persuasão das partes.

Referiu, por outro lado, que o mundo árabe está a braços com o surgimento de movimentos radicais e extremistas, que recorrem à violência com objectivos políticos, sociais e religiosos, em que largas maiorias não não se revêem. "Estes movimentos estão a estender a sua acção à Africa, provocando instabilidade nalguns países", afirmou.

"Reduzir até neutralizar a base de apoio social destes movimentos e abrir espaços de convivência para minorias étnicas são exercícios que já foram experimentados e deram bons resultados noutras paragens e que tornaram o esforço militar menos intenso"', declarou o Presidente José Eduardo dos Santos.