O ministro da Saúde, José Van-Dunem, anunciou nesta quinta-feira, em Luanda, que depois do ano 2018, a instituição poderá deixar de contar com o apoio do Fundo Global, porque Angola passa a ser um país de renda média.
"Sendo Angola um estado de renda média não é ilegível para beneficiar dos fundos, concedidos pelo Fundo Global", explicou o titular da saúde, no final 1ª Sessão Ordinária da Comissão para Política Social do Conselho de Ministros, realizada sob orientação do Vice-presidente da República, Manuel Domingos Vicente, que quinta-feira, avaliou os relatórios nos domínios do ensino, da saúde, reinserção social, do desporto e da cultura.
No capítulo dos documentos do Ministério da Saúde , foram avaliados os memorandos sobre o novo modelo de financiamento do Fundo Global e sobre a situação da saúde materno infantil no país.
Com relação à redução da mortalidade materno infantil, de acordo com José Van-Dúnem viu-se que apesar das intervenções realizadas e os ganhos principalmente obtidos por causa da imunização (vacinação contra o tétano, sarampo, o programa alargado de vacinação ) "existem ainda ganhos que o Ministério da Saúde pode alcançar".
"Um dos pontos fracos que temos decorre da falta de acesso ao parto institucional. Temos de continuar a trabalhar para aumentar o parto institucional e criar condições para que as dificuldades dos partos possam ser superadas o mais longe possível das grandes unidades", precisou o governante.
Sublinhou que para o cumprimento da referida questão (acesso ao parto institucional), o Ministério da Saúde está a treinar parteiras e a criar capacidades cirúrgicas em várias unidades sanitárias, uma vez que a hemorragia, obstrução do parto e as doenças hipertensivas da gravidez são aqueles que influenciam mais a mortalidade materna directa .
Disse ainda que indirectamente o paludismo continua ser a principal causa de morte entre as grávidas, facto que levará o seu pelouro continuar a trabalhar na melhoria dos pontos fracos e investindo nos recursos humanos e na utilização das oportunidades disponíveis.
Ressaltou que uma das grandes oportunidades prende-se com a municipalização dos serviços de saúde, com a ligação da luta contra o HIV-SIDA que tem uma boa dinâmica aos serviços pré-natais e com o tratamento da assistência aos neo-nados (recém-nascidos).
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