O ministro das Relações Exteriores pediu ontem maior eficiência aos diplomatas, para darem respostas práticas aos desafios e oportunidades impostos pela diplomacia.
Georges Chikoti referiu-se em particular aos desafios de Angola no Conselho de Segurança das Nações Unidas, face à situação de reestruturação da economia do país.
O chefe da diplomacia angolana, que falava em Luanda na abertura da reunião anual dos embaixadores, pediu também uma reflexão sobre a actual rede diplomática de Angola no mundo, com incidência em África.
"Devemos olhar para as nossas insuficiências e capacidades de forma a estarmos prontos para respondermos com eficiência aos desafios que se nos colocam", defendeu Chikoti.
Para o chefe da diplomacia angolana, a eleição do país a membro não-permanente do Conselho de Segurança da ONU e a crescente complexidade das relações internacionais vão exigir do país uma diplomacia mais actuante no interesse da paz e do progresso de África e do mundo, tendo em conta a experiência de resolução de conflitos e a sua liderança, bem como as acções que vão contribuir para que este órgão das Nações Unidas coopere mais estreitamente com organizações regionais, encorajando a participação destas nas suas deliberações de defesa e segurança.
O ministro alertou que as situações de conflito em certas regiões de África começam a pôr em causa a própria noção clássica do Estado como responsável pela organização e pelo controlo social.
"Não podemos ignorar o que se passou na Somália, na Líbia, Egipto, Sudão do Sul, República Centro Africana e a intensificação do terrorismo na Nigéria", referiu.
No encontro que decorreu sob o lema - Por uma diplomacia activa ao serviço da paz e do desenvolvimento - o ministro das Relações Exteriores disse que a recorrência do uso de meios anti-constitucionais, a intervenção estrangeira e o terrorismo religioso para impor agendas políticas de fins inconfessos, bem como as dificuldades provocadas no processo de resolução das crises criadas, constituem motivo de preocupação, uma vez que estão a desafiar princípios fundamentais de paz e segurança defendidos pela União Africana e pela Organização das Nações Unidas.
Fonte: Angop
http://tpa.sapo.ao/noticias/politica/ministro-pede-mais-eficiencia-aos-diplomatas
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