UE avança com ajuda de emergência de dois mil milhões para a Grécia

Os presidentes da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, e do Conselho Europeu, Donald Tusk, anunciaram esta sexta-feira, 20 de Março, que a União Europeia colocou à disposição da Grécia dois mil milhões de euros provenientes de fundos europeus não utilizados.

Jean-Claude Juncker anunciou que a Grécia irá beneficiar de uma ajuda de emergência de 2 mil milhões de euros. Esta sexta-feira, numa conferência de imprensa que se seguiu ao final do Conselho Europeu realizado em Bruxelas nos dois últimos dias, o presidente da Comissão Europeia revelou que os fundos poderão ser usados este ano, mas explicou que não servirão para socorrer necessidades de tesouraria da Grécia, mas para "reforçar os esforços para o crescimento e a coesão social".

Este desembolso de emergência acontece depois de uma minicimeira realizada esta quinta-feira à noite, à margem do Conselho Europeu realizado em Bruxelas. O presidente da Comissão Europeia reconheceu que "a Grécia tem um problema social grave e uma crise humanitária", pelo que estes 2 mil milhões de euros deverão ser canalizados precisamente para tentar conter a crise social que se faz sentir no país depois de cinco anos de austeridade.

Este dinheiro provém de fundos estruturais comunitários que não haviam sido canalizados e que agora poderão ser utilizados pela Grécia para combater o problema social que afecta o país, devendo ser utilizado em projecto de cariz urgente.

Segundo explicou o político luxemburguês, ao contrário dos 15% habitualmente exigidos de co-financiamento aos países para receber estes fundos estruturais, a Grécia terá apenas de financiar em 5% os projectos que vier a estabelecer como urgentes. "O objectivo é que este dinheiro seja utilizado da melhor maneira", disse Jean-Claude Juncker. 

No encontro restrito de líderes europeus, que durou mais de três horas e foi concluído já perto das 02:30 desta sexta-feira, participaram, além da chanceler alemã, Angela Merkel, e do primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras (que se encontrarão de novo na próxima segunda-feira, em Berlim), o presidente francês, François Hollande, o presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, e o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, assim como o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, anfitrião do encontro.