O Governo angolano espera elevar o país ao estatuto de potência mineira africana, com vista a atrair maiores investimentos privados, que contribuam para o desenvolvimento económico nacional e estimular a sua diversificação, disse nesta sexta-feira o ministro da Geologia e Minas.
Francisco Queiroz falava em Luanda durante um debate sobre o tema “O Impacto do investimento no sector mineiro para o processo de diversificação da economia angolana”, numa iniciativa da Câmara de Comércio Estados Unidos/Angola (USACC).
Fez saber que as possibilidades de que isso venha acontecer são reais.
“Podemos constatar isso com o caso de Moçambique. Este país irmão está hoje na rota do desenvolvimento por obra de um plano nacional de geologia que, embora sem a dimensão nem ambição do nosso, conseguiu atrair investimentos muito importantes para a exploração de alumínio, gás, carvão e outros recursos minerais”, disse.
“Estes resultados alcançados em Moçambique dão-nos a certeza de que em Angola poderemos fazer descobertas importantes em cada um dos 38 minerais existentes no país.
Acredita que o país pode ter vários kimberlitos da dimensão de Catoca e várias minas de grande dimensão, o que faria de Angola um país mineiro de referência mundial”, explicou.
A cadeia de valor agregada à exploração destes projectos mineiros, a montante e a jusante, segundo o governante, contribuirá para a criação de emprego, melhoria das condições de vida da população (especialmente para aqueles que vivem ao redor dos projectos mineiros), bem como criará riqueza nacional, com impacto positivo na diversificação das receitas fiscais para o Estado.
Indicou que enquanto decorre o Plano Nacional de Geologia (Planageo), cujo término está previsto para 2017, o Governo traçou um programa de aceleração de projectos de fosfato, ferro, ouro, cobre, rochas ornamentais e outros minerais.
“Em termos de oportunidades de negócios em Angola, para além do investimento na exploração, são bem-vindos na construção de fabricas de transformação de minerais, centros de formação, de apoio logístico e de transporte nas zonas de exploração de minerais”, disse.
Reafirmou a disposição do seu pelouro, das empresas angolanas e das instituições públicas tuteladas em apoiar todos os investidores do sector de geologia e minas.
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