O número de imigrantes ilegais que chegaram à Itália durante este ano pode superar os 50 mil, após um fim de semana no qual uma flotilha multinacional no Mediterrâneo socorreu cerca de seis mil pessoas em barcos à deriva.
Três importantes regiões do Norte da Itália advertiram que não vão aceitar acolher novos imigrantes em situação ilegal.
O presidente da Lombardia, Roberto Maroni, afirmou que vai escrever aos prefeitos da sua região para pedir que não acolham mais imigrantes em situação ilegal.
Embarcações da Guarda Costeira da Itália resgataram no domingo 2.371 imigrantes de várias nacionalidades provenientes do norte de África que tentavam chegar à Europa, anunciaram ontem as autoridades daquele país.
A guarda-costeira italiana anunciou que navios de Itália, Alemanha e Irlanda participaram da operação de resgate.
Não há informações sobre eventuais vítimas fatais entre os resgatados pelas autoridades da Itália. As mesmas fontes disseram que com estes resgates ascendem a 5.851 as pessoas salvas no fim-de-semana, que os migrantes viajavam em 15 embarcações que se encontravam entre 45 a 50 milhas (entre 83 a 92 quilómetros) de distância da costa líbia, que nas operações de salvamento também participaram uma embarcação da Marinha britânica e outra da ONG Médicos Sem Fronteiras, bem como unidades do dispositivo Frontex da União Europeia, designadamente do Reino Unido, Suécia, Espanha e Itália.
O número de pessoas que tentam atravessar o Mediterrâneo transportadas por traficantes aumentou dez por cento nos cinco primeiros meses de 2015.
A Itália já acolheu 84 mil imigrantes e no domingo a Marinha britânica resgatou quatro mil pessoas a bordo de quatro embarcações em frente à costa italiana.
Este ano o balanço pode superar os 170 mil imigrantes que chegaram em 2014 à costa italiana através do Mediterrâneo.
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