Centenas de manifestantes protestaram ontem na capital da República Centro Africana contra a violência e os roubos de que acusam o regime instalado depois de um golpe militar, afirmaram testemunhas. Este foi o primeiro protesto do género contra a coligação Seleka, que tomou o poder em 24 de Março, derrubando o Presidente François Bozize.
A contestação foi desencadeada pela morte de um taxista na quarta-feira, que várias testemunhas disseram ter sido morto por rebeldes por se ter recusado a entregar o veículo ligeiro com que fazia o serviço.
Os manifestantes desfilaram em direcção ao hotel, no centro da capital, onde o novo homem forte, Michel Djotodia, estabeleceu residência, levando o corpo do taxista ao longo da marcha, disse Arsene Ndirifei, um dos organizadores do protesto e dirigente de uma associação juvenil em Bangui.
O objetivo da marcha foi o de “levar Djotodia a ver se sofre por causa das violações, roubos e assassínios feitos pelos rebeldes Seleka”, adiantou Ndirifei.
Milicianos Seleka impediram porém que os manifestantes alcançassem o hotel.
O coronel Hissen Ashad, dos rebeldes Seleka, que esperou os manifestantes, pediu-lhes desculpa pela morte.
“Pedimos perdão aos pais da vítima. Temos de corrigir os nossos erros. Mas, agora, nós não devemos combater uns com os outros”, disse, acrescentando que os assassinos poderiam ser pessoas disfarçadas de rebeldes Seleka.
Djotodia já anunciou que vai reprimir os roubos crescentes pelos rebeldes e por pessoas que se fazem passar por rebeldes Seleka, depois do golpe realizado em março neste instável Estado africano.
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