O Procurador-Geral da República da Guiné-Bissau, Abdu Mané, disse ontem (quarta-feira) que as acusações de ligações de narcotraficantes ao Governo e à Presidência do país são falsas e falou de "uma campanha negra contra o Estado".
Abdú Mané falava ontem aos jornalistas após uma reunião com o primeiro-ministro do Governo de transição, Rui de Barros, um dia depois de terem sido conhecidos dados sobre o caso da detenção de alegados narcotraficantes guineenses por parte dos Estados Unidos, entre eles o antigo chefe da marinha Bubo Na Tchuto.
Dois dos acusados terão admitido ligações com o primeiro-ministro e com o Presidente de transição.
Hoje, o Procurador disse que o Ministério Público não se quer pronunciar muito sobre o caso, por aguardar mais informações das autoridades norte-americanas, mas falou de uma campanha contra a Guiné-Bissau, país que infelizmente tem "bons e maus vizinhos".
"Há maus vizinhos, as pessoas não devem de ter a memória curta. A Guiné-Bissau sempre fez tudo ao nível dos PALOP (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa) e é pena que hoje a Guiné-Bissau esteja nesta situação", disse, sem dar mais explicações.
Abdu Mané frisou que "assuntos de Estado devem de ser tratados de forma séria" pelo que sem elementos suficientes não se vai pronunciar. E afiançou que a Guiné-Bissau vai trabalhar "de mãos dadas" com a comunidade internacional no que se refere à Justiça.
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