A vice-presidente da Assembleia Nacional, Joana Lina, interagiu sábado em Pretoria, com mais de 200 membros da comunidade angolana residente na África do Sul.
A interacção aconteceu à margem da participação da deputada na sétima Conferência Anual dos Presidentes dos Parlamentos Africanos, que encerrou na sexta-feira, em Miderand.
No encontro, em que também esteve presente a presidente da Comissão de Relações Exteriores, Cooperação Internacional e Comunidades Angolanas no Estrangeiro, a deputada Exalgina Gamboa.
Joana Lina prestou esclarecimentos sobre questões relacionadas com a segurança nacional, ao fenómeno religioso e a diversificação da economia.
Durante a sua intervenção, a vice-presidente da Assembleia Nacional informou a comunidade sobre a importância da nova linha de crédito que Angola obteve da República Popular da China, tendo explicado que o referido empréstimo monetário visa, fundamentalmente, robustecer a diversificação da economia e consolidar as infra-estruturas erguidas para alavancar o processo de reconstrução, desenvolvimento e modernização do país.
A deputada do MPLA também dissipou, na ocasião, as especulações sobre a detenção dos 15 jovens angolanos, em Junho último, sob acusação de tentativa de subversão à ordem e a tranquilidade públicas, assim como sobre o caso do líder da seita religiosa “Luz do Mundo”, José Kalupeteka, tendo oferecido detalhes sobre as circunstâncias em que os mesmos foram encarcerados.
Os membros da comunidade, por sua vez, agradeceram a oportunidade de interagir com as deputadas e aproveitaram a ocasião para expor algumas das suas preocupações, tais como as dificuldades que enfrentam na recepção de dinheiro a partir de Angola, para custear as suas despesas de estadia e a extensão de vistos de permanência em território sul-africano.
Ao responder as questões relacionadas com a preocupação da extensão de vistos, a vice-presidente do Parlamento angolano encorajou os jovens estudantes para no fim, da formação académica, regressarem ao país prestarem a sua contribuição ao processo de reconstrução, ao invés de permanecerem na África do Sul em situação ilegal.
No mesmo encontro, a embaixadora Josefina Pitra Diakité apelou aos detentores de visto transitório a obterem um outro estatuto migratório que lhes permita continuar na África do Sul ou então regressar para Angola porque a autorização de permanência, por dois anos, concedida no âmbito do fim do estatuto de refugiado, não é prorrogável.
A vice-presidente do parlamento concluiu, explicando que o fim do estatuto de refugiado para os Angolanos foi um processo abrangente e irreversível, porque o país vive em paz desde 2002.
“Aqueles que não conseguiram a sua reintegração nos países em que viviam ou ainda vivem, devem optar por regressar a Angola”, argumentou.
Além da comunidade estudantil e ex-refugiados, participaram no encontro, organizado pela Embaixada de Angola na África do Sul, diplomatas, empresários e líderes de algumas denominações religiosas de Angola com representação na África do Sul.
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